O Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) esteve envolvido no exercício Locked Shields 2024 (LS 24) entre os dias 22 e 26 de abril. O evento, organizado em cooperação com parceiros pelo Centro Cooperativo de Excelência em Defesa Cibernética da OTAN (NATO CCDCOE), reuniu mais de 3.500 profissionais de 41 países, operando remotamente. Este é reconhecido como um dos maiores exercícios globais de defesa cibernética.
A equipe brasileira, integrante do Time Azul do LS 24, foi dividida em setores técnico e estratégico, com o propósito de capacitá-los em diversas abordagens colaborativas diante de ataques simulados no ciberespaço. O Brasil, como país convidado, colaborou com outros países como Espanha, Chile e Portugal. No total, seis militares representaram o país em Lisboa, enquanto outros quatro estiveram em Madri, vindos da Marinha, Exército e Força Aérea.
No Brasil, na manhã desta quarta-feira, mais de trinta militares e civis se reuniram nas instalações do ComDCiber, localizado no Forte Marechal Rondon, formando uma equipe multidisciplinar. Esta equipe incluiu membros do Gabinete de Segurança Institucional, Ministério da Defesa, Ministério da Saúde, Agência Nacional de Águas (ANA) e Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), que apresentaram soluções para os desafios propostos pela organização do exercício, sediada em Tallinn, Estônia.
Essa colaboração permitiu aos gestores apresentar soluções para situações-problema em meio a uma crise cibernética simulada. No LS 24, tanto a equipe técnica quanto a estratégica foram testadas em um ambiente simulado de ataques cibernéticos em infraestruturas estratégicas, como energia, transporte e telecomunicações. As soluções propostas foram compiladas e analisadas dentro do contexto do exercício.
Segundo o Vice-Almirante José Cláudio Oliveira Macedo, Subchefe da Subchefia de Operações do MD, o Brasil é reconhecido como um ator global, despertando interesse de outros países em sua capacidade de operar na defesa cibernética. Ele destaca a importância de aproveitar tais oportunidades para aprimorar a defesa nacional, dada a extensão territorial e a expertise em reunir diferentes atores brasileiros para operações conjuntas na proteção de infraestruturas críticas.
Para Ernesto Marcos Silveira, especialista em regulação da ANATEL, a participação no LS 24 é uma oportunidade de ampliar o conhecimento para melhor regular os órgãos sob a jurisdição da ANATEL. Enquanto isso, Rebeca Crivelaro Campos, responsável pela Segurança de Dados da ANA, destaca que o exercício contribui para a melhoria da resiliência da agência no ambiente cibernético, preparando-a para crises por meio do intercâmbio de conhecimentos com outras instituições.
Nos dias 22 e 23 de abril, os Comandantes Cibernéticos do Brasil e Portugal realizaram uma reunião de trabalho em Lisboa, buscando identificar oportunidades de cooperação bilateral e estruturar um Memorando de Entendimento.
Via - EB
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