Após os ataques de 11 de setembro, o espaço aéreo de Washington, D.C. recebeu reforços significativos em segurança. Agora, mais de duas décadas depois, esse sistema está passando por uma atualização de ponta.
A Região da Capital Nacional (National Capital Region - NCR) está implementando um avançado sistema de reconhecimento visual baseado em inteligência artificial que eleva a defesa aérea a um novo patamar.
Os novos olhos no céuO sistema Enhanced Regional Situational Awareness (ERSA) representa um salto significativo em relação às tecnologias de segurança anteriores. Essas novas câmeras oferecem capacidades sem precedentes aos operadores de defesa aérea, permitindo monitorar e proteger o espaço aéreo crítico com recursos inovadores.
As câmeras possuem visão infravermelha com filtros RGB para detecção de assinaturas térmicas, facilitando a identificação de alvos mesmo em condições de baixa visibilidade. Um telêmetro a laser mede com precisão a distância e altitude, aumentando a eficiência do sistema.
Elementos de aprendizado de máquina permitem rastreamento automático aprimorado, facilitando o acompanhamento de objetos de interesse. Além disso, um sistema visual de alerta utiliza lasers vermelhos e verdes para iluminar cabines de aeronaves não conformes, incentivando ações imediatas dos pilotos.
A mente por trás da operaçãoO Eastern Air Defense Sector (EADS), em Roma, Nova York, trabalha em estreita colaboração com o Joint Air Defense Operations Center (JADOC), na Joint Base Anacostia-Bolling, para gerenciar o sistema ERSA. Essa abordagem integrada garante vigilância abrangente e respostas rápidas a ameaças potenciais.
O sargento da Força Aérea Kendrick Wilburn, oficial de capacidades e requisitos no JADOC, explica que o sistema permite validações mais precisas de dados de radar. Quando são detectados dados incertos, os operadores podem usar as câmeras como recurso adicional para confirmar e avaliar a situação. Essa colaboração entre EADS e JADOC viabiliza decisões rápidas e mitigação eficaz de ameaças.
Inovação tecnológicaDesenvolvido pela Teleidoscope, o sistema ERSA passou por testes rigorosos em 2022, com operadores de defesa aérea avaliando protótipos de três empresas. As câmeras da Teleidoscope se destacaram graças a melhorias avançadas de software e avanços significativos em relação aos sistemas existentes.
A Defense Innovation Unit desempenhou um papel fundamental ao garantir financiamento por meio do programa Accelerate the Procurement and Fielding of Innovative Technologies (APFIT) da Força Aérea, demonstrando o compromisso com a rápida implantação de tecnologias inovadoras.
O major do Corpo de Fuzileiros Navais Nicholas Ksiazek comparou o avanço tecnológico a “um salto entre um iPhone de 2011 e um modelo atual”, destacando o progresso substancial. Atualmente, duas câmeras operacionais foram instaladas, com planos de adicionar sete unidades por ano, garantindo melhorias contínuas na defesa aérea da NCR.
A implantação do sistema ERSA marca um avanço significativo na defesa aérea da Região da Capital Nacional. Com câmeras alimentadas por IA que aprimoram as capacidades de detecção e rastreamento, os operadores estão mais bem preparados para responder a ameaças potenciais. Essa integração de tecnologia avançada e pessoal qualificado reforça o compromisso com a segurança nacional, garantindo que o espaço aéreo de Washington, D.C. permaneça seguro enquanto avançamos para o futuro.
Via - FN
Yorumlar