As forças armadas dos EUA estão utilizando anúncios publicitários para alertar a população no Líbano a não atacar os Estados Unidos ou seus aliados em meio às crescentes tensões no Oriente Médio. Curiosamente, alguns desses anúncios foram exibidos no aplicativo de namoro Tinder.
O repórter freelancer Séamus Malekafzali compartilhou no X (antigo Twitter) capturas de tela dos anúncios vistos no Tinder, que alertam os residentes do Líbano a "não pegar em armas". Escritos em árabe, os anúncios afirmam que os EUA "protegerão seus parceiros diante das ameaças do regime iraniano e de seus representantes", referindo-se a grupos como o Hezbollah, que opera no Líbano.
Os anúncios, que não são disfarçados, exibem o logotipo do Comando Central dos Estados Unidos e contêm um link para um tuíte com imagens de caças F-16 e A-10.
Essas operações psyops, destinadas a influenciar a opinião de um público-alvo, são práticas comuns, embora a escolha de um aplicativo de namoro como veículo de comunicação tenha surpreendido alguns membros da comunidade militar, informou o Washington Post na terça-feira.
Em 2022, o Pentágono ordenou uma revisão de suas operações psicológicas, algumas das quais incluíam a criação de contas falsas em redes sociais, em violação às políticas das plataformas.
Apesar disso, o porta-voz do Tinder, Philip Fry, disse que a campanha publicitária militar violou as políticas da plataforma relacionadas à violência, segurança e defesa de direitos, e que "a removemos imediatamente".
Um porta-voz não identificado do Comando Central dos EUA se recusou a comentar oficialmente sobre o assunto, mas também não contestou a reportagem do Washington Post.
Via - TC
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