O grupo de hackers LockBit tornou público o que alega serem dados confidenciais roubados de um hospital em Cannes, na França.
Os ataques direcionados ao setor de saúde francês não são novidade, com diversos incidentes visando perturbar os serviços aos pacientes nos últimos anos. Um incidente em fevereiro levou ao comprometimento de dados de mais de 33 milhões de pessoas na França, cerca da metade da população.
A divulgação dos dados do hospital Simone Veil em Cannes veio após o anúncio de que o hospital recebeu uma exigência de resgate da LockBit esta semana.
Segundo o hospital, o primeiro ataque ocorreu algumas semanas antes, em 16 de abril. No entanto, não foram revelados os impactos ou problemas causados nas operações de atendimento do hospital.
A equipe do hospital informou que compartilhou a exigência de resgate com a polícia e notificou a agência francesa de segurança cibernética ANSSI. Em comunicado, afirmaram que "os estabelecimentos públicos de saúde não cedem a chantagens em casos desse tipo".
Os pacientes e outras partes interessadas serão informados sobre os dados roubados após uma análise detalhada dos arquivos pelo hospital.
Este ataque da LockBit ocorre enquanto o grupo tenta reativar seus serviços para ataques hackers após uma operação policial que desmantelou parte de sua infraestrutura e tirou seu site na dark web do ar, além de obter informações valiosas para as autoridades policiais.
Apesar das prisões de suspeitos e do fechamento de milhares de contas em serviços terceirizados, bem como da revelação de que o grupo não exclui dados das vítimas após o pagamento do resgate, o líder da LockBit tentou minimizar os danos à reputação causados pela ação policial.
Ao anunciar a interrupção das atividades da LockBit em 20 de fevereiro, Graeme Biggar, chefe da Agência Nacional do Crime do Reino Unido, afirmou que a operação não visava ser o golpe final no LockBit ou no cenário de ransomware como um todo. Ele destacou a capacidade de causar impacto significativo por meio dos recursos operacionais e jurídicos disponíveis.
Via - The Record
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