Hackers tentam saquear contas de aposentadoria na Austrália

Hackers estão tentando roubar economias de aposentadoria de diversos fundos de investimento de funcionários na Austrália, alertou uma entidade do setor nesta sexta-feira.

A Associação de Fundos de Aposentadoria da Austrália (ASFA, na sigla em inglês) declarou estar “ciente de que, no último final de semana, hackers tentaram violar as defesas cibernéticas de vários fundos de aposentadoria.”

Os fundos de aposentadoria na Austrália são parte de um sistema no qual uma porcentagem obrigatória do salário dos trabalhadores é direcionada a investimentos, introduzido formalmente pelo governo nos anos 1990 com o objetivo de reduzir a dependência de aposentadorias públicas financiadas pelo Estado.

“Embora a maioria das tentativas tenha sido impedida, infelizmente alguns membros foram afetados. Os fundos estão entrando em contato com todos os impactados para informá-los e ajudar aqueles que tiveram dados comprometidos”, afirmou a ASFA.

Um dos fundos atingidos, o AustralianSuper, confirmou ao jornal The Guardian que cerca de AU$500.000 (cerca de US$305.000) foram retirados das contas de quatro membros. A empresa administra mais de AU$365 bilhões (mais de US$223 bilhões) para mais de 3,5 milhões de membros.

No seu site, a AustralianSuper informou que senhas roubadas foram usadas para acessar as contas de 600 membros. A equipe de comunicação da empresa não respondeu imediatamente se a autenticação multifator é exigida para acessar as contas e transferir fundos.

Rose Kerlin, diretora de atendimento ao membro da AustralianSuper, disse que a empresa agiu rapidamente para bloquear as contas afetadas e informar os respectivos titulares.

O site da empresa alerta que está enfrentando alto volume de acessos tanto no call center quanto nas contas online, o que está causando interrupções intermitentes.

“Mesmo que você não consiga visualizar sua conta ou veja um saldo de AU$0, sua conta está segura”, tentou tranquilizar a empresa.

Até o momento, nenhum outro fundo confirmou se os saldos dos membros foram comprometidos na campanha.

O primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese, declarou nesta sexta-feira que foi informado sobre os ataques e que o governo “responderá no momento certo” e está “avaliando o ocorrido”.

“Tenham em mente o contexto: há um ciberataque na Austrália a cada seis minutos. É uma questão recorrente”, afirmou.

Via - TRM