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Operação Destino Final: Preso líder de grupo hacker acusado de esquema fraudulento de milhas aéreas

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), através da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), com o apoio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco) da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA/PCDF), deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a Operação Destino Final.


A operação visou desarticular um grupo criminoso sofisticado, especializado em invadir contas de agências de turismo e programas de milhagem, emitindo passagens aéreas fraudulentas e causando prejuízos significativos a centenas de vítimas.


A ação culminou na prisão preventiva do líder da quadrilha em Mato Grosso do Sul, além do cumprimento de dois mandados de busca e apreensão de bens, bloqueio de contas e sequestro de veículos de luxo. Segundo a investigação, o grupo, liderado pelo homem preso em Campo Grande (MS), desenvolveu um esquema altamente elaborado para invadir sistemas de agências de turismo e contas pessoais de programas de milhagem de indivíduos com alto acúmulo de pontos.


Os criminosos emitiam bilhetes aéreos para destinos internacionais, focando especialmente nos "trechos premium", em um curto período para evitar a detecção da fraude pelas companhias aéreas. A ação criminosa resultou em prejuízos significativos tanto para as empresas aéreas quanto para centenas de vítimas, incluindo parlamentares, empresários e cidadãos comuns.


O trabalho investigativo da PCDF também revelou o uso de cartões de crédito falsificados, adquiridos na Deep Web, e a suspeita de que parte das passagens era destinada a pessoas ligadas ao narcotráfico e lavagem de dinheiro. As investigações continuam com o objetivo de identificar outros membros do grupo criminoso e a rede de fraudes, além de rastrear os valores obtidos com os crimes.


Os criminosos enfrentarão acusações de associação criminosa (art. 288, caput, do CP), invasão de dispositivos informáticos (art. 154, § 1º, 2º, 3º e 4º, do CP), falsidade ideológica (art. 299 do CP), furto qualificado pela fraude cibernética (art. 155, § 4º-B, do CP), estelionato mediante fraude eletrônica (art. 171, § 2º-A, do CP) e lavagem de capitais (art. 1º da Lei 9613/98). Caso condenados, os investigados poderão cumprir penas de até 39 anos de prisão.


A Operação Destino Final destaca a importância da cooperação entre as forças policiais no combate aos crimes cibernéticos. A desarticulação da quadrilha representa um duro golpe para o crime organizado e um importante passo para a proteção dos consumidores.


Diante da crescente ameaça dos crimes cibernéticos, a PCDF recomenda que os usuários adotem medidas de segurança para proteger seus dados pessoais e financeiros. Sugestões incluem o uso de senhas fortes e distintas para cada conta, evitar clicar em links suspeitos e manter os softwares atualizados.


Via - PCDF

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