A Polícia Federal iniciou a Operação Private Key com o propósito de desmantelar um grupo suspeito de praticar fraude cibernética contra a Caixa Econômica Federal e a prefeitura de Telêmaco Borba, no Paraná.
Mais de 30 policiais estão envolvidos, com ações em Brasília, Águas Lindas de Goiás (GO) e Santa Luzia (MG). São realizados quatro mandados de prisão, 11 de busca e apreensão, 51 de sequestro, arresto e bloqueio, além de 9 de sequestro de criptoativos.
Os suspeitos teriam empregado técnicas avançadas de hackeamento para criar um site falso, visando roubar credenciais. Eles induziram um servidor da prefeitura de Telêmaco Borba a fornecer suas informações de login e senha, posteriormente utilizadas para acessar o sistema GovConta do município.
Clonaram o perfil do servidor em um aplicativo de mensagens, utilizando engenharia social para se passar por ele e contatar o gerente da Caixa, obtendo autorização para transferir valores para empresas fictícias, sob a falsa alegação de serem fornecedoras da prefeitura.
Os investigadores afirmam que mais de R$ 6 milhões foram desviados, distribuídos em diversas contas bancárias em nome de laranjas e convertidos em criptomoedas.
A complexidade das transações dificultou o rastreamento dos recursos, com identificação de pelo menos quatro camadas de beneficiários, incluindo membros da organização criminosa que adquiriram bens de luxo e realizaram viagens caras.
Os suspeitos, se condenados, enfrentarão penas de até 30 anos pelos crimes de furto qualificado mediante fraude, invasão de dispositivo informático, lavagem de capitais e organização criminosa. A Caixa afirmou em nota que monitora seus canais e transações, utiliza modernas ferramentas de segurança e colabora com órgãos de segurança pública na investigação de casos suspeitos e prevenção de fraudes.
O caso em Telêmaco Borba ocorreu em abril de 2020 e corre em segredo de justiça.
Via - EBC
Comments