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Foto do escritorCyber Security Brazil

Pesquisadores revelam ataque cibernético de 4 meses contra empresa dos EUA

Um grupo de hackers suspeito de estar ligado ao governo chinês conduziu um ataque cibernético contra uma grande organização americana em uma campanha que durou quatro meses, de abril a agosto de 2024, segundo relatório da Symantec, subsidiária da Broadcom.


Os primeiros sinais da atividade maliciosa foram detectados em 11 de abril de 2024, mas a Symantec não descarta a possibilidade de que a invasão tenha começado antes.


Durante o ataque, os invasores se movimentaram lateralmente pela rede, comprometendo múltiplos computadores, incluindo servidores Microsoft Exchange, sugerindo que o objetivo era coletar informações sensíveis, como e-mails.


Métodos e Ferramentas de Ataque

Os hackers utilizaram diversas técnicas e ferramentas avançadas, incluindo:

  • Side-loading de DLL: Método preferido por grupos de hackers chineses, usado para executar arquivos maliciosos.

  • Ferramentas de código aberto: Como FileZilla, Impacket e PSCP.

  • Programas LotL (Living-off-the-land): Incluindo Windows Management Instrumentation (WMI), PsExec e PowerShell.

  • Roubo de credenciais e execução de arquivos DLL maliciosos.


A Symantec identificou que o comando inicial utilizado pelos invasores foi executado via WMI a partir de outra máquina já comprometida na rede, sugerindo que pelo menos um dispositivo havia sido invadido antes de 11 de abril.


Objetivo e Impacto

O ataque visava principalmente os servidores Microsoft Exchange, indicando que os invasores buscavam coletar e possivelmente exfiltrar dados de e-mails da organização. Ferramentas como WinRAR foram baixadas para facilitar a extração de dados.


Embora a identidade da organização alvo não tenha sido revelada, sabe-se que ela possui uma presença significativa na China, o que pode ter sido um fator motivador para o ataque.


Ligação com Hackers Chineses

A Symantec associou o ataque a um grupo chamado Crimson Palace, conhecido por estar vinculado ao governo chinês. Além disso, a organização já havia sido atacada em 2023 por outro grupo de hackers chineses, identificado como Daggerfly (também conhecido como Bronze Highland, Evasive Panda ou StormBamboo).


Contexto Geopolítico e Estratégico

O relatório da Orange Cyberdefense destacou a relação entre hackers patrocinados pelo estado chinês e instituições acadêmicas ou empresas falsas. Essas entidades são usadas para adquirir infraestrutura digital sem levantar suspeitas, além de recrutarem profissionais para conduzir ataques sob a direção de órgãos como o Ministério da Segurança do Estado e o Exército de Libertação Popular da China.


Essas "empresas de fachada" não possuem atividades comerciais legítimas e servem como plataformas para conduzir operações cibernéticas sigilosas.


Via - THN

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