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Foto do escritorCyber Security Brazil

Polícia prende quatro suspeitos ligados ao grupo hacker de ransomware LockBit

Forças policiais de 12 países realizaram uma operação conjunta que resultou na prisão de quatro suspeitos ligados à grupo hacker de ransomware LockBit, incluindo um desenvolvedor, um administrador de serviço de hospedagem "à prova de balas" e duas pessoas associadas às atividades do grupo.


A ação também levou à apreensão de servidores que faziam parte da infraestrutura do LockBit, como parte da Operação Cronos — uma força-tarefa global liderada pela Agência Nacional de Crimes do Reino Unido (NCA), iniciada em abril de 2022 para combater o grupo hacker.


De acordo com a Europol, um desenvolvedor do ransomware LockBit foi preso em agosto de 2024 a pedido das autoridades francesas enquanto estava de férias fora da Rússia. No mesmo mês, a NCA prendeu mais dois indivíduos no Reino Unido, sendo um deles suspeito de envolvimento com um afiliado do LockBit e o outro, por suspeita de lavagem de dinheiro.


Em uma operação separada, a Guardia Civil da Espanha prendeu no aeroporto de Madri o administrador de um serviço de hospedagem "à prova de balas" utilizado para proteger a infraestrutura do LockBit.


Simultaneamente, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos anunciaram sanções contra um indivíduo identificado pela NCA como um prolífico afiliado do LockBit com ligações à organização criminosa Evil Corp. O Reino Unido sancionou 15 cidadãos russos envolvidos com a Evil Corp, enquanto os EUA sancionaram seis pessoas e a Austrália, duas.


Essas ações seguem a grande interrupção da infraestrutura do LockBit em fevereiro de 2024, quando a Operação Cronos desmantelou 34 servidores do grupo, contendo mais de 2.500 chaves de descriptografia, utilizadas posteriormente para criar um descriptografador gratuito para o LockBit 3.0 Black Ransomware.


Desde sua criação, em setembro de 2019, o LockBit foi responsável por ataques a grandes empresas e organizações globais, incluindo Bank of America, Boeing, Continental, Receita Federal Italiana e Royal Mail do Reino Unido. As autoridades estimam que o grupo hacker extorquiu até US$ 1 bilhão em mais de 7.000 ataques entre junho de 2022 e fevereiro de 2024.


Prisões anteriores incluem figuras-chave do grupo, como Mikhail Pavlovich Matveev (Wazawaka), Artur Sungatov, Ivan Gennadievich Kondratiev (Bassterlord) e Dmitry Yuryevich Khoroshev (LockBitSupp/putinkrab). Outros suspeitos, como Ruslan Magomedovich Astamirov e Mikhail Vasiliev, já admitiram participação em vários ataques e foram presos nos EUA em 2023, com Vasiliev já cumprindo pena de quatro anos.


Via - BC

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