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Provedores de nuvem podem assumir papel central no controle de chips de IA fora dos EUA

Em mais uma medida contra Pequim, os EUA planejam capacitar empresas como Google e Microsoft para atuarem como guardiãs globais no acesso a chips de IA, de acordo com duas pessoas familiarizadas com o esboço da proposta.


Segundo as fontes, sob o novo regime, que pode ser anunciado ainda este mês, essas empresas deverão cumprir requisitos rigorosos, como relatar informações cruciais ao governo dos EUA e bloquear o acesso chinês a chips de IA. Isso permitiria que elas oferecessem capacidades de IA na nuvem fora dos EUA sem necessidade de licenças específicas.


As novas regras, cujos detalhes estão sendo revelados pela primeira vez, demonstram a tentativa do governo Biden de agilizar o processo de aprovação para exportação de chips de IA, ao mesmo tempo em que impede o acesso por atores mal-intencionados. Os EUA temem que a China possa usar a IA para fortalecer seu poderio militar, lançar ciberataques devastadores ou até desenvolver armas biológicas.


O Departamento de Comércio se recusou a comentar sobre o conteúdo e o cronograma das novas regulamentações. As fontes alertaram que os planos ainda podem sofrer alterações.


Google (Alphabet) e Microsoft não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.


A medida toma como exemplo um acordo de segurança nacional assinado pela Microsoft com o governo dos EUA em abril, permitindo que a empresa fornecesse tecnologia de IA à firma Emirati G42, cujas ligações históricas com a China geraram preocupações em Washington.


Sob as novas regras, outras empresas além das com status de "guardião" poderão competir por licenças para importar uma quantidade limitada de chips avançados de IA da Nvidia e AMD em cada país, segundo uma das fontes.


A Nvidia, fabricante dos chips de IA mais poderosos do mundo, declarou estar pronta para colaborar com a administração na formulação das regras. A AMD não respondeu aos pedidos de comentário.


Estariam isentos das restrições 19 países aliados, como Holanda, Japão e Taiwan, que teriam acesso irrestrito aos chips de IA ou às capacidades que eles proporcionam. Por outro lado, países embargados, como Rússia, China, Irã e Venezuela, permaneceriam bloqueados de adquirir semicondutores de IA dos EUA.


O governo dos EUA está finalizando a análise de uma regra sobre "Difusão de Inteligência Artificial" elaborada pelo Departamento de Comércio, segundo uma publicação oficial desta semana. Três fontes confirmaram que a publicação se refere aos limites de acesso a chips de IA.


A Information Technology Industry Council, associação que representa empresas como AMD e Google, manifestou preocupação de que o governo Biden esteja acelerando a implementação de uma regra complexa sem consultar a indústria, o que poderia gerar consequências negativas.


"Se os relatórios estiverem corretos, essas mudanças ampliariam drasticamente o escopo dos controles de exportação e teriam implicações globais significativas", afirmou Naomi Wilson, vice-presidente sênior de política comercial global do conselho.


As novas regras baseiam-se em um programa lançado em setembro que permite que data centers pré-aprovados no exterior recebam chips de IA sem licença. Para obter essa aprovação, os data centers devem fornecer informações sobre clientes, atividades comerciais, restrições de acesso e cibersegurança.


Via - Reuters

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